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O rastreio auditivo consiste na busca numa determinada população dos indivíduos que apresentam uma deficiência auditiva. Para isso, são utilizados diferentes testes que podem necessitar ou não da intervenção do sujeito. Esta investigação tem o objectivo de chegar rapidamente a um diagnóstico, isto é identificar uma doença. Seguidamente é possível realizar a reabilitação em função do défice auditivo, da idade ou de outros problemas associados que o indivíduo apresente.
O rastreio em função da idade
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O rastreio das das crianças em risco de apresentarem deficiências auditivas pode ser realizada de forma rápida, automática e indolor desde o nascimento. Em determinados países esse rastreio é universal, sendo realizado a todos os recém nascidos. |
Na escola, a medicina escolar está habilitada a detectar os problemas de audição nas suas consultas. Paralelamente, é importante que os pais, os educadores e os médicos que contactam com as crianças estejam atentos ás alterações do comportamento das crianças que possam apontar para deficiência auditiva e as enviem a uma consulta do ORL.
Nos adultos, os programas de rastreio devem ser iniciados entre os 45 e os 50 anos, no âmbito da medicina do trabalho, sobretudo em profissões de risco (trabalho em ambiente ruidoso, militares, etc.). Na população geral, deverá ser realizado um estudo auditivo no mesmo período etário, durante uma consulta de ORL. Nos adultos que apresentem problemas cognitivos esta avaliação é ainda mais importante, pois o tratamento dos défices auditivos pode retardar a evolução das doenças neurológicas.
Meios utilizados para estudar a função auditiva
Uma vez detectado um indivíduo em risco de surdez, é necessário realizar testes mais especializados que permitam definir as características da surdez, se ela existir, e determinar a reabilitação mais adequada.
As otoemissões acústicas (OEA)
É o teste de rastreio mais utilizado nos recém-nascidos, sendo rápido e indolor. Uma sonda, do tamanho dum auricular, é colocada no ouvido do bebé e recolhe informações que reflectem o estado de certas células sensitivas fundamentais à audição. Uma resposta negativa a este teste obriga à confirmação, utilizando outros testes, que permitam o diagnóstico da perda auditiva e da sua severidade.
Nas crianças muito pequenas, pode ser utilizada no diagnóstico de surdez pesquisando reacções reflexas dos bebés (pestanejos, paragem da sucção, sorriso, etc.) e reflexos de orientação (voltar os olhos ou a cabeça para a fonte sonora) em resposta a sons fortes e súbitos.
Em crianças um pouco mais velhas, podem-se utilizar comportamentos condicionados, como pedir á criança que carregue num botão quando ouvir um som.
Nota: cada um destes testes avalia de forma diferente e complementar o estado da audição. Por este motivo, os médicos associam-nos para poder obter um diagnóstico o mais preciso possível.
Os graus de surdez
Os testes de diagnóstico (dos quais os mais correntes acabamos de descrever) permitem caracterizar o tipo de surdez (ver " O que é uma surdez") e a sua gravidade ou grau.
Segundo o Comité Internacional da Surdez, o grau de surdez corresponde à média aritmética dos limiares en dB, obtidos na audiometria tonal, nas frequências 500, 1000, 2000 e 4000Hz. Por exemplo, o grau de surdez do paciente cujos limiares são os representados no audiograma tonal apresentado acima é: (0+5+10+70)/4=21,25dB; ou seja, tem uma surdez ligeira.
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Note que uma surdez não se mede em percentagem mas sim em dB de perda auditiva!! Dizer que tem uma surdez de 50% não tem qualquer significado. Deve dizer-se: tenho uma perda de 50 dB.
Por outro lado, é importante precisar que o grau de surdez não se limita a uma medida aritmética e que se deve ter em conta a incapacidade e o incomodo para o paciente e para os que o rodeiam.
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