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O avanço das ciências biomédicas e tecnológicas deixa antever numerosos avanços em várias áreas. Os progressos tecnológicos vão resultar na melhoria das próteses e dos implantes que irão continuar a ser, por longo tempo, o modo de reabilitação mais utilizado.
Podemos ainda prever um avanço da farmacologia local (transtimpânica) para proteger as células ciliadas e os neurónios, retardando a sua degenerescência e para tratar os acufenos.
Num futuro mais distante, porque não antever… a regeneração das células ciliadas com a ajuda da terapia celular ou genética ?
Regeneração das células ciliadas ?
Por agora e provavelmente por alguns anos, a regeneração das células ciliadas da cóclea humana vai continuar um sonho… inacessível? Quem sabe? No entanto as equipas de investigação estão nesse caminho, encorajadas pelos resultados animadores obtidos designadamente na cóclea dos pássaros.
A grande maioria das hipoacusias adquiridas é devida à degenerescência das células ciliadas. Esquematicamente, apresentam-se 3 estadios da evolução da degenerescência da cóclea: órgão espiral normal; destruição e desaparecimento das células ciliadas e de suporte; camada unicelular de células indiferenciadas.
S. Blatrix, de acordo com J. Stone
O desafio da regeneração é estimular as células deste epitélio unicelular a diferenciarem-se para darem origem a um novo órgão espiral funcionante. Será ainda necessário ajudar as novas células ciliadas a conectarem-se com o cérebro.
A animação abaixo esquematiza as duas direcções da investigação actual.
Uma, (A) pretende conseguir "acordar", com moléculas apropriadas, algumas células estaminais dormentes que possam existir no epitélio unicelular, para que se diferenciem em células ciliadas e de suporte.
A outra, (B) é o transplante de células estaminais embrionárias na cóclea e ajuda-las a diferenciar-se em células ciliadas para ocuparem o lugar das células mortas.
Em ambas as linhas de investigação, o desafio é tão grande que ainda não é possível prever o sucesso, nem dar uma data para uma eventual utilização clínica.
Outras aplicações das terapias célular e genética?
Enquanto aguardamos o hipotético sucesso da investigação descrita a cima, podemos imaginar num futuro mais próximo outras aplicações para a terapia celular e genética.
O conhecimento dos genes implicados em numerosas doenças que se apresentam com surdez avança constantemente. Podemos assim prever que no futuro será possível corrigir os genes defeituosos com o objectivo de restabelecer o funcionamento do sistema auditivo.
Rumo à farmacologia local e específica ...
O avanço da investigação da cóclea permitiu conhecer detalhadamente os mecanismos biológicos e moleculares responsáveis pela lesão das células do ouvido interno.
Podemos assim utilizar fármacos dirigidos à protecção e ao aumento da resistência das células e neurónios cocleares.
Actualmente, o principal obstáculo à realização de ensaios clínicos no Homem prende-se com os efeitos laterais potenciais das moléculas candidatas, se forem usadas por via sistémica. A aplicação destes fármacos directamente no ouvido interno, através do tímpano, é realizável e evitará esse efeitos laterais.
S. Blatrix, J-L. Puel |
Sistema de mini-bomba implantável
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A chegada ao mercado de vários sistemas de aplicação intratimpânica (cateteres, seringas, etc.) permite antever possibilidades terapêuticas promissoras para a realização de tratamentos agudos. Estes sistemas são já utilizados para tratar a vertigem.
Meios mais sofisticados como a colocação duma bomba perfusora recarregável através da pele poderá ser concretizada brevemente.
No animal de experiencia, já foi provado que é possível bloquear farmacologicamente a degenerescência das células sensoriais e mesmo tratar os acufenos. Então porque não será possível no Homem.
... Porque não juntar uma bomba ao implante coclear ?
Estas bombas poderão ser acopladas aos implantes cocleares com o objectivo de manter o máximo possível de neurónios vivos, permitindo manter o bom desempenho do implante ao longo dos anos.
Demonstrar que é possível parar a degenerescência das células sensoriais nos doentes implantados permitirá estender esta abordagem farmacológica a outras patologias: presbiacusia, acufenos, etc., retardando a sua evolução.
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